incertezas...

moram em mim tantas incertezas

que sem toalhas ou versos na mesa

vertem de mim, tempo e espelho

e tanto doem os meus segredos

os cadeados e essas dúvidas

que sou deles, o elo e o fruto...

enquanto fujo, enquanto luto

mais e mais engravido medos

mais e mais aborto estrelas

e eu, covarde

engasgo, engulo...

nesse céu que não se move

onde nada é nada e tudo é mudo

sigo a cultuar em mim tantas noites

sem que eu possa dos absurdos

escolher tardes ou luzes

moram em mim tantas perdas

sem que meus olhos, possam vê-las,

e enterrá-las no escuro de minhas letras

Almma
Enviado por Almma em 14/12/2012
Código do texto: T4036044
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