estrada sem norte
Amo tanto o amor que se por hora
vivo pouco, encosto em mim o meu redor
pois o cavalo corre á dianteira dos
ratos e do fogo torto...na prateleiras
da minha vida, que de cima é ordem
de baixo, comida....
que nas grades enfadonhas, do tédio
do cair da tarde, na encilheira dentada
de uma animal, que corre nos trilhos
da morte, nos embalos do sentimento
servil, que anda de noite no sol,
o luar é sereno sobre a pedra bruta
o sol é bruto na pele descompensada
e solidão é nossa, como a solidão é
é do outro, todos sós, em nome do
pai, grito, a mesmo grito rouco
que uma dia abafei na minha estrada
sem norte....