comodos acesos

é funda e aflita

a nota que resolve

que oscila, e que falece

no meio da noite fria...

quanta razão existe

pra o que o amor

ainda insista ...

nessa sombra suja

que sufoca na calada

do dia...

a pedra é a norma

e a solidão minha argola

e o que nos resta é a vida

funda, funda e profunda:

um fosso em chagas no coração

do homem brasileiro...

poucas vezes nesse sonho

eu fui inteiro, fui grande

e perdigueiro...nem creio

sonho, mais vezes pesadelo...

essa vida é funda

minha agonia descortina

uma nova terra...

no espirito eterno na escala

do corpo

no mais escrevo versos

e assim vou anoitecendo

mas em outro lugar:

um terra que se mata a fome

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 14/12/2012
Reeditado em 14/12/2012
Código do texto: T4035385
Classificação de conteúdo: seguro