que se cega de sangue que nunca recolhe....

a pedra cospe

som e silêncio

no cruzamento

de duas peles no

entrocamento

de desejo...dois

sonhos, duas

mentiras se

apalpando de

medo...

descofia-se do

amor fácil,

da amorosidade

desmedida, seja

lençol e vôo

cidade e campo

em cada prateleira

da sentida

não temos uma vida

são outras estradas

e trombadas que

se come e que se caga

nas masmorra do ódio...

dentro do corpo

que varre uma

após outra: não

se escolhe, é escolhido

pelo campo de flor....

que se cega de sangue

que nunca recolhe....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 13/12/2012
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