Amor de Poeta!

O poeta vive só de sua poesia inebriante

Do amar amargo, salgado e distante...

Então sorri e ri o riso dos amantes

Para acalentar os versos

Em uma forma adocicada e dançante

De seus momentos torpes e distantes...

O poeta vive no seu mundo inconstante

De eternos dias e sol irradiante

Esperando a Lua, que de cheia

Se esconde entre os papeis em brancos

Fugidios de letras saltitantes

Transcrevendo os rios de suas lagrimas

Em um momento que vem adiante...

O poeta usa sua fúria tocante

Em seus sonetos mesquinhos e ambulantes

Que se reveza em quadras e tercetos

Tão exorbitantes de métricas fúteis

Sem um sentido completo e discreto

Do pranto sentido e chocante

De seu mais profundo desejo

Que chega a ser apaixonante...

O poeta é seu próprio navio

A navegar em um mar de olhares

Escravos e vazios

Que passam derradeiros

E tocam harpas em discos

De seu cálice calado

Com o vinho de um único fato

Que lhe foi marcante.

Juliana k
Enviado por Juliana k em 13/12/2012
Código do texto: T4033704
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