Os Pastos
Os Pastos
Felipe Vieira – 12/12/12
Parado
Em meio à campina cujas vacas me olham sem entender
Prensado sobre a cerca em arame farpado
Que me fere o peito e os joelhos
Enquanto penso
Montanhas ao sul
Verdes e altas
É a estrada que sai de lugar nenhum
E vai de encontro ao nada
Entre curvas e porteiras
O trabalhador passa
Enquanto penso
Plantar e colher
Essa é a lei?
Semear
Espalho as sementes da fruta que roubei
No terreno do trabalhador que acabou de passar
Olho as horas
E em cinco minutos a partir do ponteiro solar
O fusca chega com um sorriso