Chaleira

Nuvens presas nas paredes pretas

Um rosto pálido quase frio

N’água morna quase morta

Um corpo tenta chorar

Escorrem em suas costas

Recusas e um pedido de desculpas

O tempo causando queimaduras

Qual o próximo passo a dar?

O ralo engolindo todos nossos sonhos

Deixando inundar angustiar

O calor deste lugar

que já mais parece uma chaleira.

Do teto mofado goteja o suor da tua dúvida

A janela fechada trancada

Nosso medo de voar

O piso está escorregadio

Porque eu já não sei onde mais pisar.

As nuvens viraram fumaça

Lucas Mezz
Enviado por Lucas Mezz em 12/12/2012
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