Chaleira
Nuvens presas nas paredes pretas
Um rosto pálido quase frio
N’água morna quase morta
Um corpo tenta chorar
Escorrem em suas costas
Recusas e um pedido de desculpas
O tempo causando queimaduras
Qual o próximo passo a dar?
O ralo engolindo todos nossos sonhos
Deixando inundar angustiar
O calor deste lugar
que já mais parece uma chaleira.
Do teto mofado goteja o suor da tua dúvida
A janela fechada trancada
Nosso medo de voar
O piso está escorregadio
Porque eu já não sei onde mais pisar.
As nuvens viraram fumaça