Poema da Tritemporalidade
Poema da Tritemporalidade
Vem-me de pronto a importância de um poema.
È bicho vivo que nasce, cresce e se reproduz.
O poema que morre, é de doença, guardado, perdido.
Se recitado, vida longa terá. Útil, sagrado.
O poema dá sobrevida ao seu criador.
Vivo no passado de minha criação.
Feliz, triste, desesperado, apaixonado, sufocado.
Vivo no presente, em tua mente, serenamente.
Agora mesmo, vivo - mesmo que morto - nestas linhas.
Por entre estas palavras, e em sua acústica interior.
Vivo no futuro. Note: Vivo está no presente.
E o futuro no futuro – Presente no futuro – Poesia!
Vivo e viverei, serei rei, lágrima, sorriso e pai.
Sim, serei pai, serei aplaudido, serei vaiado, serei esquecido.
Vivo no futuro fértil das novas leituras, releituras, multisignificação.
Multi-vidas, multifacetado, mutilado, mudo.
Sim... Silêncio. Mas o poema fala por mim e fala por ti.
Aqui assino o tratado de minha vida eterna.
Eterna enquanto dure.
Viverei no passado.
Vivi no futuro.
Vivo sempre no presente.
TRITEMPORALIDADE
Cria-se então um novo tempo. O instante poético presente. Que é eterno.
Algo único e sem igual.
Este poema não tem ponto final
05/03/2007