Som Brasil
O vento faz uma canção,
Ainda na essência a poesia ,
Sai dos versos naturais de um refrão.
Ensaiada nas manhãs,
Por diversos sabiás, bem-te-vis
E curiós, que vivem a situação...
Fogo sobre terra;
Morte sem perdão.
Homens irresponsáveis,
Amantes da luxuria e da ilusão.
Um povo passando fome,
Crianças sem direção.
Jaz quem se diz da justiça;
Febris quem se curva a malícia;
Sofredor quem só espera pela esperança.
Enquanto a tarde desenha a noite,
A música excita os pagãos,
Na rua das horas os lobos vestem a ira,
Mas ainda é a mãe,
Que embala a nação.
Dorme meu filho, dorme.
Dorme que a dor que se faz por essa ambição,
Não é mais que o pecado de Adão.
Há que se cantar um dia independência até na prisão.
Pois não será eterna a necessidade pela solidão.
Ninguém vive a vida inteira, mesmos os ignorantes,
Mesmos os donos do mundo, na completa escuridão.