Ilusões
Eu lançaria saveiros em alto mar,
Subiria ao topo dos Alpes,
Para alcançar seus pensamentos.
De tão guardados, ultrassecretos,
Que nem pelo calor de sua respiração,
Que vem do fundo da alma,
De sonhos antigos, quase esquecidos,
Percebo...
De nomes, prenomes, de rostos, desgostos,
Vem de sentimentos ternos,
Em que vaidosamente entre tantos outros,
Ouso dizer - me encontro entre eles.
Que não voltem os saveiros,
Nem noticias de quem não escalou os Alpes,
Só me interessa guardar de seu sentimento,
Ainda que por ilusão eu queira, como padre Vieira,
Meu nome, por instantes, escrito na areia.