DA AUSÊNCIA

Na viagem ao passado

sinto falta de ar

na busca de uma chave

que não consigo encontrar.

Portas que ficaram sem abrir;

dias de chorar, noites para sorrir.

Não consigo respirar;

na atmosfera das palavras,

tons de azul em fundos amarelados:

um verde que não pode ser esquecido.

Versos inversos e reversos,

gosto de pão amanhecido.

Não há retorno nesta estrada

não há sequer a chance

da contra-mão;

e sigo vazio

pois falta-me ar,

falta-me chão

e a presença

da tua mão.

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 11/12/2012
Reeditado em 04/02/2013
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