DA AUSÊNCIA
Na viagem ao passado
sinto falta de ar
na busca de uma chave
que não consigo encontrar.
Portas que ficaram sem abrir;
dias de chorar, noites para sorrir.
Não consigo respirar;
na atmosfera das palavras,
tons de azul em fundos amarelados:
um verde que não pode ser esquecido.
Versos inversos e reversos,
gosto de pão amanhecido.
Não há retorno nesta estrada
não há sequer a chance
da contra-mão;
e sigo vazio
pois falta-me ar,
falta-me chão
e a presença
da tua mão.