"indiferenças"

Cae a noite- faz frio...

De tristeza e de agonia,

O pobre jovem desfia,

O cantar em harmonia.

Carrega o fardo,

Dos solitarios...

Abandona-se em pesamentos,

Sobe a ladeira dos ritos...

Festeja em silencio seus medos,

Dobra a esquina do delirio,

Corre em deireção ao ideal,

Sonha, com dias bonitos.

O hino dos descontentes,

Sibila em seus labios,

As mãos lhe tocam o rosto,

Suave,doce carinho...

Um doce olhar

Afronta-lhe o ver,

Não percebe a sutileza do amor...

Passa - como fugitivo-

De encontro a seu esconderijo,

Onde a inercia,

O sem sorriso,

Faz par com as imagens da tv.

Seu corpo desaba,

Puxa o cobertor,

O café, já esfriou

E ele, sonolento,nem

percebeu a mesa posta,

A chicara branca,

Que sua amada lhe deu...

Venusia Pimentel