A PARTIDA

Sempre que te vejo assim tão contente

Desenho dentro do meu peito a interrogação

Figura serpentiforme e renitente

Que pede uma reparação.

Sempre que vislumbro o teu vil sorriso

Em minha mente todo cérebro se revolve

No caixão da caixa craniana é impreciso

O que nunca, jamais se resolve.

Sempre que sinto o teu toque de carinho

Minha pele se retesa e se esquiva

Lembro um barco em alto mar, sozinho

Perdido, solto, livre, à deriva

É neste barco que por certo vou estar

Num dia de sol, nem sei quando,

Mas na hora dele enfim zarpar

Podes crer, estarei te deixando

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 10/12/2012
Código do texto: T4029513
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