PALMADA
Palma má que dá palmada;
Nem por isso menos amada,
Pela criança atordoada
Que levou sua palmada.
Houve o tempo em que a palmada
Era forma de educar.
A criança respeitava,
Com o medo de apanhar.
Criança mais calada; quase nunca gritava!
Que maravilha! Mas no fundo ela pensava
O que ninguém imaginava,
Pelo medo da palmada.
Que pode ter feito uma criança?
Pra ver a mão que afaga.
Não em sinal de carinho.
Quiçá de destemperança.
Olhares em fúria; no final, todos tristes.
Mas há sempre a esperança
De que ocorra a grande mudança
No adulto que apanhou criança.
Outro dia, meu filho, inocência amada:
-Papai, tem pai que bate?
- Bater?! Não, palmada.
- Mas então... que é palmada?
Palma má que dá palmada;
Nem por isso menos amada,
Pela criança atordoada
Que levou sua palmada.
Houve o tempo em que a palmada
Era forma de educar.
A criança respeitava,
Com o medo de apanhar.
Criança mais calada; quase nunca gritava!
Que maravilha! Mas no fundo ela pensava
O que ninguém imaginava,
Pelo medo da palmada.
Que pode ter feito uma criança?
Pra ver a mão que afaga.
Não em sinal de carinho.
Quiçá de destemperança.
Olhares em fúria; no final, todos tristes.
Mas há sempre a esperança
De que ocorra a grande mudança
No adulto que apanhou criança.
Outro dia, meu filho, inocência amada:
-Papai, tem pai que bate?
- Bater?! Não, palmada.
- Mas então... que é palmada?