Um elefante

Elefante vísivel

Não, não é mais

as bandeirolas

na corda

e aquelas coxas

expostas, felizes

(quase tudo a amostra! )

não, não aquelas

tardes brilhantes

de rosa, roxo

e vermelho,

um frio que passava

(só pra nos lembrar do sono)

não mais a beleza

inocente, tudo

novo e diferente,

luzindo ao balaustre

do coração...

(ainda firme, havia

rostos contentes,

parecia, não era

ostentação!

eram botões abertos

que me dormiam

ao céu do ano

como se não fosse...)

Depos o céu baixou

sobre a terra e o rio

de minha vida se

vestiu às avessas...

meninos morrem

nas favelas, há sim

fome, há sim mortes

de homens, tudo ficou

triste? (achava meu

medo delirante)...

ou será eu um abobado

que nunca tinha notado

esse elefante?