TRAUMAS

Estou sempre a esconder o meu rosto

Para que tu não vejas as rugas surgidas.

Trago a marca estampada do desgosto

E a ira dos sonhos e das noites perdidas.

Despejo minhas lágrimas no rastro do sol posto

Nas privações das alegrias e saudades escondidas,

Suspirando em cada canto procurando encosto

Dentro de um tempo que me foge em decaídas.

Só me resta roer os laços e soltar as cordas

Dessa paixão que enterra toda minha alma;

Trocar minhas vestes enquanto nada me acorda

Desse pesadelo que me trouxe grande trauma.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 09/12/2012
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