nunca tinha notado esse elefante
Não, não é mais
as bandeirolas
na corda
e aquelas coxas
expostas, felizes
(um mundo amostra! )
não, não aquelas
tardes brilhantes
de rosa, roxo
e vermelho,
um frio que passava
(que nos lembrava do sono)
não mais a beleza
inocente, tudo
novo e diferente,
(havia mesmo rostos contentes?)
agora o céu baixou
sobre a terra
e meninos morrem
nas favelas, há sim
fome, há sim mortes
de homens, tudo ficou
triste? ou será eu bobo
que nunca tinha notado esse elefante?
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é nesse corpo
que lhe fala pela boca
do amor;
a solidão debrabrocha
como uma flor; como
uma vida nova, um
adolência upulenta
e dentro dela (digo da flor)
o choro que lavava
a calçada, que pintava
as paredes de outra
tinta...escorre
como um desejo
que desce que desce
até o espancado lugar
inseguro...
da flor, o gesto
impiedo de viver
enquanto bela,
enquanto viva
enquanto gabriela...
(que vive morta no coração
desse trouxa;
que não sabe matar
inseto ou amor sucumbido )