Samba magoadinho

Dizes tu, Elisa,

que samba

eu não sei fazer.

Que acadêmica soa

a batida

do meu balancê.

Dizes que não

te embala o meu cantar,

que como ondas

não soam, nem ar

de praia, litoral

onde os sonhos

te levam aos braços

da mãe Iemanjá.

Mas que queres, Elisa?

Como poderia

tua doçura, teu encanto

em pobres linhas?

Se só tu já es samba

e és avenida

onde meus sonhos

irão desfilar?