das coisas confusas
a silheta que contorna
sombra, o despenhadeiro
negro onde o poeta descansa,
arde de suor. A decomposição
das lembranças...
esse mesmo vale
onde meninos morre
de fome ( de amor
ou de vontade
de no centro da vida
bater como a baqueta
o tambor, as veias
que correm nuas
no vermelho trêmulo
das borboletas
que em pares emparedam
a memória)
onde velhice chega antes
como um fantasma
que roda, nem sempre
a mesma roda, entretanto
roda que vem e que volta
sobre as ruinas....(e o nirvana
se esfacela na quebradura
da xícara)
os móveis arrados
dos lugares, da velha
casa onde os lugares
eram imutáveis , faz de
minha vida um gole
doce e amargo das
coisas confusas