Paladar

meu paladar

anacrônico ficou

começou a perceber

toques

cheiros

resmas

lesmas

o doce

fugiu

naquele beijo interminável

daquela que não existe mais

o salgado

pulou

naquele tapa

das luvas de mãos santas

o azedo

arrancou a roupa

se desnudou com a última transa

o amargo

cresceu

saiu do céu

da boca

e se tornou

todo meu ser...

Raphael Prisma Celeste
Enviado por Raphael Prisma Celeste em 07/12/2012
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