On line
Um barco sinalizou
na linha perdida do horizonte
Meu porto vazio
Cais repleto de pombos famintos
Atracadouro de manhãs
que nunca chegam
a lançar amarras desatadas
pronto a partir
para sempre agora
Ou não chegará
enquanto eu aqui estiver
Aqui onde nunca estive
Não há flores no cais
a brincar com reflexos d´água
Só tamborilo da chuva
orquestrando o mesmo silêncio
a flechar-me o peito
Meu barco convolado
remendado em off line
adorna paisagem marginal
desfeito em ecos
como simples mortal
Control C
Control V
e minha vida não imita arte