[Se...]
Se eu amo
nada sei de razões —
adoeci incondicionalmente
do diálogo das ideias,
daqueles olhos,
daqueles pés, daquela pele,
daquela voz, daqueles cabelos...
Se eu não amo,
às vezes silencio,
às vezes falo em off,
às vezes faço coisas que eu não quero,
e às vezes apenas sorrio amarelo,
— sou contradição perigosa!
Mas o mais das vezes,
sabendo-me tentável,
antes que corpo me tome as rédeas,
eu fujo, entro na neblina...
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[Desterro, 06 de dezembro de 2012]