Um cadáver que se mexe
Desconheço a mim mesmo
Nestas noites doloridas
Neste dia que surge
Com lembranças sofridas
Nesta vida que flui
Em devaneios que fui
Cotidiano contado da vida
Acordar na madrugada
Para pensar nos próprios erros
Para chorar em silêncio
Ao pensar que o melhor do mundo
Hoje é apenas um corpo frio e tenso
Um cadáver que se mexe
Vestido de mundo exterior
Sujo de idéias, enfeitado de dor
Lamentando por si
Ter descoberto a fórmula perfeita da angústia
E ser um completo analfabeto no amor