PUZZLE
são intervalos invisíveis,
semanas intermináveis.
tempo indivisíveis que
faço. paro o carro na rua,
salto bato a porta e olho.
quão deveras deprimente
penso; crueza do abandono
ao se aceder uma casa vazia.
bato o pó dos pés no capacho;
pela porta entreaberta
vejo a mesa ainda posta.
sobre a toalha axadrezada,
o cachepô de latão em zinabre
e umas flores desidratadas;
arremedando meu coração.
adentro em passos curtos
deixando o molho de chaves
penso no antigo claviculário.
olho em volta, o quarto suíte
para os nossos jogos d'amor
disputados com ganhos e perdas.
não precisávamos de palco, sedas.
fomos para escanteios distantes...
fim dos jogos sobre a Matalassê;
ficaram algumas peças desencaixadas,
jogadas ao lado do seu fino lingerie...
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