ADEUS

No fim do ato

O retrato

Continua na parede,

Amarelo,

Meio torto.

E no porto

Um lenço tremula

No compasso da dança.

Não sei se era valsa

Ou salsa,

Mas o mar

Amanheceu de ressaca.

Um adeus a um querido amigo que foi convidado a bailar eternamente sobre as nuvens n'algum tempo, n'algum lugar.

E agora,

Quem vai me pegar pela cintura

E ao som da canção

Fazer de mim a rainha do salão?

Não há mais batuque,

Sanfona

Ou banjo,

Mas seu bailar

Será eternamente marcado

Pela lira dos anjos.

Rose Tunala
Enviado por Rose Tunala em 04/12/2012
Código do texto: T4020074
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