ADEUS
No fim do ato
O retrato
Continua na parede,
Amarelo,
Meio torto.
E no porto
Um lenço tremula
No compasso da dança.
Não sei se era valsa
Ou salsa,
Mas o mar
Amanheceu de ressaca.
Um adeus a um querido amigo que foi convidado a bailar eternamente sobre as nuvens n'algum tempo, n'algum lugar.
E agora,
Quem vai me pegar pela cintura
E ao som da canção
Fazer de mim a rainha do salão?
Não há mais batuque,
Sanfona
Ou banjo,
Mas seu bailar
Será eternamente marcado
Pela lira dos anjos.