A VIAGEM ANSIOSA
O verde do campo viçoso,
O verdor fulgente das estradas
O motor do ônibus ruidoso,
As faixas brancas pintadas.
O vento batendo na cara
Pela abertura duma janela
Insistente ele não para
De bater na face dela.
Sonhara com vagalúmes
Na noite sobre a rodovia
E a lua cheia de ciúmes
Nas nuvens se escondia.
E o sono pesa nos olhos
Por causa do balouço
Na pista esses trambolhos,
Carretas pesadas eu ouço.
Vencido pelo cansaço,
O sono impera os sentidos,
A alma navega no espaço,
Com os olhos escurecidos.
A visão viva e constante
Das viagens do coração
Que ao encontro vou exultante
Da minha grande paixão.
O tempo desse passeio
Que distrai a mente ansiosa
Que esperara com muito anseio
Pelo beijo de tua boca mimosa.
(YEHORAM)