DESTINO

Um guerreiro de pés alados

galga as paredes mucosas da crípta

efêmero casulo de morte

trás na tez do seu rosto

a palidêz dos homens aflitos

e na face do seu escudo

as cicatrizes dos discursos travados

seu carma foi seu triunfo

ouve-se o ressoar das trombetas

as moiras tecem a passagem

sensatas senhoras do destino

a luz invade a cavidade cavernosa

e vem banhar os seus lábios profanos

sente o rosto ruborescer

muito em breve

sua cabeça será coroada

pelo mérito de sua vitória

Klaas Kleber
Enviado por Klaas Kleber em 03/12/2012
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