2002 NT7
 
 
Morto rochedo perdido no espaço,
Contempla estrelas agonizantes,
silencioso e frio, escuro e denso,
pedaço da criação oculta e triste.
 
Atravessa o tempo e a luz perdida,
e desce em chamas até o solo azul.
Termina suas horas na esfera errante,
e fendendo a casa de alguma vida,
liberta o fogo sob os pés milenares
extingue-se num momento do dia
entre o nascimento e o não ser ainda.
 
Em pedaços, e depois pó e partículas,
tornam-se  as idéias e até essa poesia,
feita de homens que aqui estiveram,
e lembranças de algum deus distante....
agora uma invenção pequena, sombria,
que retornará em sua forma quase divina
ao coração ardente de uma nebulosa branca.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 03/12/2012
Reeditado em 03/12/2012
Código do texto: T4017612
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