Quem matou o poeta?
Quem matou o poeta?
O hoje espelho trincado e estranho
Surta o bicho que brinca a mente
Cava a sepultura e vê contente
Não está vazia a casa de sonhos
Ressuscita um sorriso breve
Como frio que prega o inverno
Certeiro num golpe interno
Chama o poeta, em luto escreve
Bem vindo pobre liberto!
Não há destino tão certo
Nos homens de esperança
Chamou a morte pra dança
N’alma vil que te condena
Vêm voando como um poema