Mecânico, o doutor da máquina
Quando pequeno
O despertador lhe fugia
Ferro de passar, que de medo “queimava” o chão
Curioso, coruja
Qualquer que seja o defeito
Verdadeiro ou imaginário
Não se preocupe, eu vim para lhe concertar
Na cabeça de menino
Mil profissões
Mal sabia o que o destino lhe preparava
Uma infância de adulto
Brinco agora de verdade
Meu ofício, meu sustento
Brincadeira séria
Encontro-me no futuro, da infância imaginária
O corpo sente
Tão logo descanso
Moleza?
Nem de longe posso ver a satisfação do meu menino
Adulto, sinto-me só
Procuro nela
As comparações de polida profissão
Chamam-me de, o doutor da máquina
Essa que domo com chaves e sensibilidade
Marreta soa-me como agressão
Pois sou formado também
A experiência que me mantém
E a importância que me detém
Neste mundão de meu Deus
Sou importante, amém.