o que serei eu quanto as cortinhas se abrirem
Movo-me onde
o céu não chega
onde o pés dói,
onde o mundo
pesa como pesa
a falta de esperança....
tenho medo de morrer,
pai, deixar esse mundo
as coisas de quem lutei
dessa natureza bonita
e cruel, desse natal
que chega como
um machado na
árvore que vai morrer...
tudo á vão, tudo é
pequeno, tudo é
muito importante
e não ligo pra elas
não embarco em
viagens longas,
pois sei que todas
vão dar numa cascata
de pedra...todas
irão matar uma ilusão
que guardo....
e quando todas morrerem
o que serei eu...o que serei
eu quando de cortina
aberta eu ver que a platéia
não existe, que o espetáculo
não era tão bom como eu
supunha....
o que serei eu quando...