Mercado do amor
o verde que caia
nos gramados ou
o limo corrente que
descia com á águas
do rio ( mexia com
meu olhos, que também
ainda verdes se banhavas
de choro ou de medo
diante do que era belo;
choro ou medo que saia
sei lá de onde, (infância ou
futuro...) tanto faz de onde
vem o amor, desde que brote
como fruto no deserto cru
do pavor...que esmaeça,
que mereça, que desmanche
em sombra o agreste seco
que gruta as veias e nos sacode
de medo....que seja mel e primavera
que seja alegria, que seja abraços
e vida e não esse mar de melancolia)
que os preços do amor caia
na mercado ...( porque não se especula
apenas no mercado de comódites
ou nas bolhas de mercadorias,
no dia-a -dia , é amor que
as alturas, ja quase estoura de fome,
a bolha, em agonia)