ALGUNS MOMENTOS
O que acontece comigo em alguns instantes
Em que o desejo é maior do que a razão
Do que o amor.
Não consigo mensurar certas atitudes de mim que sou humano
O amor caminha de lá para cá
Brinca com os objetos meus
Me diz palavras suaves
Mas eu não consigo
É um relance, apenas
Em que saio de mim
Grito
Digo palavras indizíveis
Não sou eu que falo neste instante
Fúria, diria
Raiva
Por algo que quero realizar e não me deixam
Paro penso analiso: volta a mim mesmo.
Mas não era eu antes de mim ao falar e ao agir?
Em que não tive paciência
(desculpe não sou oriental
nem estou orientado ou orientalizado)
A paciência foge de mim
É como se o mundo me apertasse
Me agredisse
Me negasse
Me diminuísse
Talvez seja o acúmulo de dores e dramas
Talvez seja eu mesmo nesse momento
Eu que não me conheço e preciso ser apresentado a mim
Não queria, pois acho feio
Pareço diante disso dois eus:
Um oriental outro ocidental, mas já disse não sou oriental.
Então porque isso em mim
A vida é tão simples
Tão comum porque complicá-la se sei tudo (sei tudo mesmo...)
Frase típica: só Freud explica...porque não me explico se sei que ele explica...
Ilogicidade da vida.
Meu pensamento aperta aqui dentro
Meus nervos se aquecem demais
Meus olhos se acendem em brasa
O que acontece nesse instante em que sou vários.
Juro que queria descomplicar as coisas, mas as coisas é que não querem
Ou não sei saída
Ou sei, sei lá.
Só sei que não consigo palavras conexas
Para dizer alguns momentos em que sou e não sou.