ALGUNS MOMENTOS

O que acontece comigo em alguns instantes

Em que o desejo é maior do que a razão

Do que o amor.

Não consigo mensurar certas atitudes de mim que sou humano

O amor caminha de lá para cá

Brinca com os objetos meus

Me diz palavras suaves

Mas eu não consigo

É um relance, apenas

Em que saio de mim

Grito

Digo palavras indizíveis

Não sou eu que falo neste instante

Fúria, diria

Raiva

Por algo que quero realizar e não me deixam

Paro penso analiso: volta a mim mesmo.

Mas não era eu antes de mim ao falar e ao agir?

Em que não tive paciência

(desculpe não sou oriental

nem estou orientado ou orientalizado)

A paciência foge de mim

É como se o mundo me apertasse

Me agredisse

Me negasse

Me diminuísse

Talvez seja o acúmulo de dores e dramas

Talvez seja eu mesmo nesse momento

Eu que não me conheço e preciso ser apresentado a mim

Não queria, pois acho feio

Pareço diante disso dois eus:

Um oriental outro ocidental, mas já disse não sou oriental.

Então porque isso em mim

A vida é tão simples

Tão comum porque complicá-la se sei tudo (sei tudo mesmo...)

Frase típica: só Freud explica...porque não me explico se sei que ele explica...

Ilogicidade da vida.

Meu pensamento aperta aqui dentro

Meus nervos se aquecem demais

Meus olhos se acendem em brasa

O que acontece nesse instante em que sou vários.

Juro que queria descomplicar as coisas, mas as coisas é que não querem

Ou não sei saída

Ou sei, sei lá.

Só sei que não consigo palavras conexas

Para dizer alguns momentos em que sou e não sou.

JAMERSON SILVA
Enviado por JAMERSON SILVA em 02/12/2012
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