O Não Poeta ao Mundo

Como posso me chamar de poeta

escritor, ou seja lá o que for!

enfeitada é minha escrita

cheia de sofisticações

rimas forçadas, palavras cruzadas

mas poucas ações

Um poeta de verdade

cruzou meu caminho

em minha cidade

que não ando sozinho

e seus versos simplórios

cheios de emoção

me encheu de orgulho

e aqueceu coração

De minha cidade, amada por fora

odiada por dentro, doente

tristonha e sorrindo, abraçando os carentes

mendigos doando, e ricos fingindo

tanta soberba, que quero fugir

fugir para longe, fugir para o mar

olhar o horizonte co' sol a brilhar

seguindo em frente sem se preocupar

Ah esse mundo azul

tão belo e tão lindo

tão cheio que riquezas

vendida à misérias

de tão asperezas

Pêsames meu mundo azul

destruindo-te aos poucos

gritando os louco

que não podem ver

o mundo com os olhos

de quem vai nascer

a se eu pudesse

pra longe levaria,

fugiria contigo

pr'outro lugar

onde os humanos

não possam te encontrar

Árvores caem, manchando o terreno

minha terra! Terra que é minha!

tomam minhas posses, que não são só minhas

quieto ficamos, deixamos levar

deixem o tempo, e o vento deixar

Marquem as pedras, marquem as árvores

com o tempo esquecidas, mas no mundo marcadas

serão sempre lembradas

pelo mundo que deixou

minha mãe a chorar

pelo filho que herdou

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 01/12/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T4014561
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