Em que se da?

Em que se mostra, de teus olhos, o cintilar?

Mais do mesmo de estrelas em céu noturno

Vaga-lumes opacos num umbral escuro;

Sonhos sombrios, que dão-se a brilhar.

E que se da, de meus sonhos, os devaneios?

Deitar-se à noite sem fim;

perdido dentre, as ilusões, os anseios

De não ter-te para mim.

E m que se da, de meu peito, o carmim?

a rubra-dor, de receios

De tê-la, outros, assim.

E que se da, enfim, de mim?

Inebriado em tua fantasia

perdido nesta estrada fria

de frias ilusões