Ao longo do tempo...
Ó quando vejo-te não sei,não sei
A sombra melancólica existente
N'alma um despeito, domina,não sei
A pensar-te triste e também contente
Ao longo ,longo do tempo bem sei
Ausência qu'inda inflama ,tão presente
Reslumbra a face no olhar, e sem jeito
Traduz a lágrima, o que dentro sente
Sem que explique,mas sentindo somente
Ao tempo co'a solidão confidente
N'alta noite silênciosa entre estrelas
Ao fresco orvalho a banhar-se a tristeza
Quando em flores,perfuma-se a saudade