Calmaria

Calmaria

São teus olhos nos meus

São nossas mãos dadas

Nossas longas madrugadas

O lado de dentro do teu abraço

O tempo e o espaço

Entre as nossas bocas

No exato momento do beijo

O chão do quarto

As nossas roupas

O silencio vazio do desejo

Calmaria

É o mar de solidão

Que hoje eu navego à toa

Que hoje eu navego em vão

Alma que de mim partiste

Sem ti nada existe

Sem ti não tenho mais como

Sem ti não consigo estar

É tanta falta de vento

É tanta falta de ar

Calmaria

É todo esse imenso mar

esse mar de abandono

Que eu navego dono

Nas eternas vigílias quietas

Que atravessam meu sono

Benditos são os poetas

Que fazem da ausência da mulher amada

Uma longa caminhada

Numa tarde calma de outono

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 28/11/2012
Código do texto: T4010298
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