o povo gritava
Ao entrar à janela
e o mundo grita
de medo,
o olhar
varou a tarde,
como a dor o arame
farpado que estende
de à parte pedaços
de mundo numa roupa
lavada à preço de fome..
Perfurou à noite
no centro de seu
segredo, na vastidão
cultuada apenas
num ponto qualquer
da rua onde nasceu...
o silêncio
tomou conta
da casa de
Manoelito ferraz
e à noite
sobre a nova
lei...(soldados marchavam
sobre uma cidade em ruinas)
o vazo trincou
diante do..
(olho que varou a esperançã perdido)
e povo fudido que se alimentava
de vandaval encheram suas paças
com beijo de boca carnuda... ( os anjos desciam do céu
e se misturavam a feijão que balançava nas vagens)
o mesmo olho
por onde se toma
banho no calor
ou se morre na dor
ou se ver nas entrelinhas
que se desistem de um
grande amor...