LERMONTOV


Adeus Rússia ou qualquer país,
como nuvem, nem pátria nem chão.
Um gosto de despedida sempre acompanha,
cada sulco marcado no céu ou na canção.

Vazia a mente que mal falava,
agora cheia de instrumentos de medição,
entende o mal no peito cravado,
mas não alivia a esquerda situação.

Há muito, pra longe fui embora,
ficando este que escreve, meu irmão.
Deixei de ser uma óbvia sucessão de teoremas,
Pra me tornar uma longínqua condição.

 

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 28/11/2012
Código do texto: T4009396
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.