_ABRAÇANDO PEDRAS_

Meus versos são ondas

Ondas que abraçam pedras

E se quebram nos rochedos

Rochedos longe das areias

Areias onde se escreveriam...

Os versos recuam e avançam

Avançam e recuam

No fluxo e contra-fluxo

Contra-fluxo que persiste

Persiste em atingir a praia...

Exaustos desistem

Desistem e ondeiam

À deriva no horizonte...

Areias intocadas

Oh! Versos dispersos!

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N.A. Atinjo, hoje, a marca de 100 publicações, algo com que jamais sonharia. Atingi-a, muito mais por tantos incentivos dos que passaram por minhas páginas do que por minhas simples inspirações. Agradeço, do fundo do coração, aos escritores do Recanto, pessoas incríveis, a me estimular e ensinar, sempre com consideração e afeto.

Assim sendo, esta é minha humilde colaboração ao fazer poético, para que jamais desapareça a sensibilidade humana diante da crua realidade. Sensibilidade esta que lança sobre a realidade um olhar diferente, atento, traduzindo-a, embelelezando-a, transmutando-a, recriando-a e denunciando. Um grande e carinhoso abraço a todos. gajocosta (José)

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