_ABRAÇANDO PEDRAS_
Meus versos são ondas
Ondas que abraçam pedras
E se quebram nos rochedos
Rochedos longe das areias
Areias onde se escreveriam...
Os versos recuam e avançam
Avançam e recuam
No fluxo e contra-fluxo
Contra-fluxo que persiste
Persiste em atingir a praia...
Exaustos desistem
Desistem e ondeiam
À deriva no horizonte...
Areias intocadas
Oh! Versos dispersos!
_______________________________________
N.A. Atinjo, hoje, a marca de 100 publicações, algo com que jamais sonharia. Atingi-a, muito mais por tantos incentivos dos que passaram por minhas páginas do que por minhas simples inspirações. Agradeço, do fundo do coração, aos escritores do Recanto, pessoas incríveis, a me estimular e ensinar, sempre com consideração e afeto.
Assim sendo, esta é minha humilde colaboração ao fazer poético, para que jamais desapareça a sensibilidade humana diante da crua realidade. Sensibilidade esta que lança sobre a realidade um olhar diferente, atento, traduzindo-a, embelelezando-a, transmutando-a, recriando-a e denunciando. Um grande e carinhoso abraço a todos. gajocosta (José)
___________________________