IMPERMANÊNCIA...

Meus gestos andam nús,

despidos de roupas e de rancores,

indigentes, sem calor...

Meus quereres andam tímidos,

medonhos, afobados;

não sabem o que tenho e o que sou...

Meus deveres andam capengas,

atrasados, rebeldes;

sem pressa e sem valor...

MInha sanidade; perdida,

contraída, à milhas de distência

de onde estou...

Já fui chuva de água bôa,

rosa banhada em pranto.

Já tive gestos ritimados

feito um balé de andorinhas.

Hoje, lavo os olhos ao final dos sonhos,

na tensa cidade que me habita

sustentada de pedras e pó..., mais nada!

Aninha viola
Enviado por Aninha viola em 27/11/2012
Reeditado em 12/05/2013
Código do texto: T4007813
Classificação de conteúdo: seguro