A beleza das folhas

Quando as folhas caem

Nunca mais serão arvores

Nunca mais serão verdes

Serão belas ou admiradas

Estão condenadas a morte!

Cruel mundo, e humanidade

Que pisa sobre a beleza envelhecida

Outrora exuberante

Que menospreza a poesia

Há tanto valorizada

Que ignora a natureza que perde sua cor

Que morre no chão

Sob nossos pés

Sem nunca mais ser notada

Ou poetizada

Que definha, vira pó

- Nós também não viraremos?-

Enquanto olha os galhos secos

Que ornava

Oh folhas, vós que não sois flores

Mas que embelezam o mundo

Desprovido de cor

Que nos elevam o olhar

Para as copas frondosas

Tu que de tal nobreza és

Que no chão não nos atenta

Não nos convida a baixar os olhos

Mas se humilha

E em sua morte desenha caminhos

Para que sobre o belo finito

Possamos trilhar!!!!!