26/11/12
Sempre que posso
esqueço
vejo o modo que
escureço
e rápido e sem lua
anoiteço
que até sem tê-la
vou à ela vê-la
e querê-la;
e chovo
sou rua e sou sua
mas ninguém me passeia
nem habita
eu tenho veias e vias
de flores canteiras
por onde virias
e serias manhã
Mas sou noite
e enoiteço.
Teimo e não amanheço
nem que pudesse
ou você viesse...
Mas agora me caminham;
sentidos vadios
e vagos vagam à
sonhos mendigos
e há carros
e bares,
mormaço
e putas,
baratas
e chuva...