26/11/12

Sempre que posso

esqueço

vejo o modo que

escureço

e rápido e sem lua

anoiteço

que até sem tê-la

vou à ela vê-la

e querê-la;

e chovo

sou rua e sou sua

mas ninguém me passeia

nem habita

eu tenho veias e vias

de flores canteiras

por onde virias

e serias manhã

Mas sou noite

e enoiteço.

Teimo e não amanheço

nem que pudesse

ou você viesse...

Mas agora me caminham;

sentidos vadios

e vagos vagam à

sonhos mendigos

e há carros

e bares,

mormaço

e putas,

baratas

e chuva...

Guito Britto
Enviado por Guito Britto em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
Código do texto: T4006826
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