NÃO AOS CANTOS
Tenho a mim como cidadão do mundo.
Recuso estar prisioneiro de um recanto.
Não será diuturno o teu ouvir do meu canto,
Pois fico a vagar, ainda que não sendo vagabundo.
Sabes já, querida: sou teu, sempre e por inteiro
Desde que de ti esteja eu bem perto,
O que nunca haverá de ser em modo rotineiro,
Pois hoje estou aqui, mas ... amanhã? Será incerto.
Dou graças por em demasia seres mui resignada
E louvo porque a cada minha recorrente despedida
Muito imploras, para que não haja mais essa partida,
Jurando que no retorno achar-te-ei sedenta para ser amada.
Tenho a mim como cidadão do mundo.
Recuso estar prisioneiro de um recanto.
Não será diuturno o teu ouvir do meu canto,
Pois fico a vagar, ainda que não sendo vagabundo.
Sabes já, querida: sou teu, sempre e por inteiro
Desde que de ti esteja eu bem perto,
O que nunca haverá de ser em modo rotineiro,
Pois hoje estou aqui, mas ... amanhã? Será incerto.
Dou graças por em demasia seres mui resignada
E louvo porque a cada minha recorrente despedida
Muito imploras, para que não haja mais essa partida,
Jurando que no retorno achar-te-ei sedenta para ser amada.