NOSSO ENCONTRO

Nesta noite de nosso encontro,
de muitos anos esperados em promessas
de sermos, gostaria que houvesse um bolero,
com a discreta nostalgia da ausência
disfarçando a elegância mal contida
do amor. E houvesse, também, um tango,
marcado pelo perfume de nossos corpos
suados, desfilando em passarelas
qual samba-enredo, brindando cerveja
como se fosse champanhe, desejo de Eduardo.
Um bar, um depois. Velas iluminando
a lagoa. Carícias iluminando
olhos amantes apaixonados,
seres encantados com a vida.
Nesta noite, todas as promessas
seriam descartadas, por inúteis.
Dançaríamos tão somente o bolero,
em devaneios. O tango e o samba
serviriam apenas para dar ritmo
aos corpos na celebração do encontro.


Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 26/11/2012
Reeditado em 26/11/2012
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