Da Miragem!

Apareceu na janela, parecia um meneio feliz,

Ma a cabeça se pos tombada ante a cortina,

Os reflexos dos raios cortavam a noite suja,

Clareou o pálido corpo que desabava falido,

A mão que se agarra no beiral ainda diz,

Que um último sopro resiste, agonizante,

Cá desta parte em choque natural, gelo,

Na imagem destorcida, trilha de Steve Ray,

Saltam os olhos pela mão que o ombro toca,

Da janela, nada mais reflete, apenas raios,

O coração gelado demora para soltar o corpo,

Lentamente, de soslaio, refletido na porta,

A mesma cabeça agora sorrindo ante o medo,

Dejá vu sinistro, mas, de onde veio então?

Se na porta a minha frente não passou...

Ainda sentido o peso da mão pelos ombros,

Com o frio percorrendo a espinha rígida,

Crio coragem e me viro de uma vez...

Ah! Por todos os céus!

Coração disparado...

O estrondo que alivia,

A mão da boneca no chão!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 04/03/2007
Reeditado em 12/03/2007
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