AUGNÍL
Vão se fazendo poemas.
A poesia vai surgindo
Em inesperadas pessoas do povo
Nas diversas camadas sociais.
Não obedecem a voz
Dos que ditam
Onde ela deve nascer.
Alguns querem encarcerá-la
Podar as novas fontes.
Olham com desdém
O boom criador.
Tentam diminuir seu valor
Denegrir sua imagem
Que irrompe com furor.
Inútil! Porque o povo quer
É inventar palavras.
É cozinheira que não segue receita
Cozinhando seu caldo
Na efervescência da língua.
ALCIONE DE OLIVEIRA
28/05/12