O José de Drummond

Quando o poeta disse “E agora José?”

Nunca pensei que José chegasse aos dias atuais

Em cada cidadão brasileiro,

Que se olha no espelho, e não sabe o que faz.

Quantos Josés morrem vítimas da própria sociedade?

Quantos Josés se calam vítimas da censura?

Quantos Josés passam fome vítimas da má distribuição de renda?

É José nada mudou...

Você que veio de tão longe, de 1942,

Continua marchando sem saber aonde vai,

Continua sem poder gritar, gemer, dormir ou morrer em paz.

E agora José?

Talvez Drummond tenha a resposta:

“Você não morre, você é duro, José!”

Pobre criatura, continuará rompendo séculos

Sendo o mesmo José!

Pitufa
Enviado por Pitufa em 26/11/2012
Código do texto: T4006011
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