Corpo em chamas II

Os versos que trago

São palavras que sangram,

São letras que clamam,

São versos vorazes que

Incendeiam o corpo

Levando minh’alma a combustão.

O fervor brota das minhas veias,

Em fúria converte-se.

Vou iluminar as mentes

- Que mentem!

Serei brasa em seus olhos,

Serei calor ao corpo,

Serei chama na noite fria,

Serei dia a noite escura.

Um sinal no céu

Alarme da revolução

- Façam correr

- Façam valer

A aurora

Que brilha

Aos poucos

- Corajosos

Que lutaram,

Que sangraram,

Que queimaram seus corpos

O vento abraça minhas chamas

Beijando minha dor

Transformando em refrão

- O meu grito

O que me consume é a dor!

A injustiça faz fervilhar meu sangue,

Sangrando labaredas

Contorço-me em praça pública

Sou brasa!

Sou o grito aflito

De um povo sem bandeira

Sou chama!

Sou o clamor emergente

Dos esquecidos na mente

Sou luz!

Que ilumina o caminho

Que leva a liberdade.

Luiz Luz
Enviado por Luiz Luz em 26/11/2012
Código do texto: T4005709
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