SOMBRA DO NADA

SOMBRA DO NADA

Sem ti, eu sou uma carta fora do baralho,

Sou navio sem porto, à deriva, sem direção,

Passarinho no chão, triste sem árvore, sem galho,

Sou os acordes de uma serenata sem violão.

Sem ti, parece que o tempo, até não passa,

Vivo mergulhado na danada da cachaça,

Abraçado numa triste sina sem graça,

Esperando a tua volta que não chega.

Sem ti, as minhas lágrimas secaram,

O meu coração como uma pedra endureceu,

Os meus olhos não mais brilharam,

A minha alma de solidão entristeceu.

Sem ti, eu não consigo sequer sonhar,

A minha vida virou pesadelo,

Em outra coisa eu não sei pensar,

Desde que ruiu o nosso castelo.

Sem ti, sou sombra do nada,

Perdida na encruzilhada,

Amargando o duro dissabor,

Da falta de um grande amor.

ChicoMesquita
Enviado por ChicoMesquita em 26/11/2012
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